quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Enquanto assistia o jogo do Corinthians x Bragantino , o Sílvio Luiz, que fazia a narração do jogo, fez uma chamada para o jornal da noite, com a seguinte manchete: "Mais de um milhão de crianças que frequentam a escola, são analfabetas". Esta é uma informação resultante de uma pesquisa do IBGE em todo o Brasil.
E, agora? O que vai ser feito para que alguém entenda que não importam os números mas a qualidade de ensino? Os professores estão de mãos atadas. Eles não podem chamar a atenção do aluno de forma mais contundente, porque existem os direitos humanos. Dentro de sala de aula, a baderna impera, porque os alunos podem tudo e os professores só podem tentar ensinar em meio ao caos. Suspende-se um aluno, por falta mais grave, tipo ofender o professor com palavras e atos, esmurrar colegas, mas em três dias ele volta do mesmo jeito e disposto a piorar o seu comportamento. Se a professora pede para falar com os responsáveis vêem-se diante de situações que levam do choro ao desespero. Ou são tios que cuidam, ou são avós, ou então pais sem nenhuma condição de sê-lo. Há claro as excepções, só que essas não constam da pesquisa. Para os alunos que são excepções, fica o ônus de ter que aprender no meio da balbúrdia, e com professores que estão p'ra lá de estressados. Não é para menos. Imagine você saindo da sua casa todos os dias para o trabalho e ao iniciar as suas atividades, onde é essencial a comunicação oral, você não conseguir sequer ouvir-se. Os professores estão "de mãos atadas", mesmo, os diretores fazem o que podem, e, aí vem as pesquisas apontando os professores culpados por incompetência. Onde está a incompetência?
Dentro ou fora da Escola? Antigamente os pais cobravam de seus filhos respeito pelos seus professores. Hoje é exatamente o contrário. Os professores precisam respeitar os direitos dos alunos sem que sequer alguém pense nos seus direitos. Todos têm direitos. Precisa ser feita alguma coisa para acabar com o caos na Educação. Os professores podem ser continuadores do trabalho dos pais na educação, mas não são os responsáveis. Os professores têm a tarefa de instruir, cabe aos pais a educar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Concordo plenamente com vossas palavras! É um bálsamo saber que há ainda quem enxergue além....Pena que esse tipo de reflexão é para poucos, pois enquanto houver uma Fátima Bernardes, como vi ontem, falando p`ra milhões de brasileiros, pais e alunos, "semi alfabetizados" que a educação vai mal e que a culpa é do despreparo dos professores, só vai piorar.. é "tapar o sol com a peneira" Fico me perguntando será que estão todos cegos,governantes deste país!ou é falta de censo critico mesmo(fugiram do banco da escola). Como professora de Biologia, imagino que o cerne disso tudo é uma espécie de relação entre parasita e hospedeiro, uma endoparasitose, que na maioria das vezes não se ver a olho nu(claramente),é necessário se fazer um exame clínico detalhado, mas sabemos que o parasita existe e que não adianta tratar o exterior, pode tomar banho, passar perfume e até tirar uma foto. Com certeza o parasitado vai sair pálido, sem ânimo. No caso da educação o parasita maior chama-se flagelo Social. O que precisa ser feito? Eliminar o parasita! E pode acreditar, é possível, mas primeiro é necessário saber que ele existe e como eliminá-lo!