segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Ontem... já passou!


Tem dia que acaba, assim que levanto.

Não porque levanto tarde,

Mas, simplesmente, levanto.

Nuvens no cinzento céu,

Peso pesado do vento,

Força que me impede de voar.

Dia sem ânimo, ou centelha,

Sonho vão, sem rumo certo.

Ar respirado sem alento,

Sombra de Agosto, desgosto..., incerto.

Longo dia, mesmo curto,

Dia do qual me furto,

Sem esperança, sem cor,

Moribundo.

Sol do meu Outono,

Frio, raro e tímido.

Mas passa...

O outro dia chega, e,

Vindo, não sei de onde,

O enigma da vontade se abre.

E, assim, surge o meu céu,

Azul infinito, bonito,

Tão bonito que a emoção estanca

Nas lágrimas da garganta,

Criando espaço para a soberba,

Do meu querer,

Me envolver,

Com a cor da lua, nua,

Como nua a espero,

No entardecer.

Vale viver?

Vale viver.

O vale da minha vida,

Alarga-se ao tamanho da minha Fé!

Muito me espera...

A vida!

(eu)

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