quinta-feira, 16 de julho de 2009


As estações

Ao longe persigo a bruma,

Senhora do meu segredo

Como caixa de Pandora,

Senhora, minha senhora,

Esposa minha,

Meu degredo.

Ao longe os ventos me lembram

O profundo de mim,

Qual folha caída

Em rubro Outono,

Rasgando o ventre da terra

Acesa pelo calor tardio,

Em espera do vento frio

Que o Inverno carrega.

Lamentos, só lamentos.

O tempo não muda.

E, então, a alvorada explode

Em manhã de Primavera.

Ainda as violetas se escondem

No verde das suas folhas.

Logo as roseiras majestosas,

De todos os cheiros,

De todas as cores.

Brilham, perfumam

Embelezam...

O Verão que as acorda.

Delfina 16/07/2009

Um comentário:

Anônimo disse...

simplesmente LINDA...