Com passos apressados corro
Acompanhando a ansiedade
Senhora da minha confusão.
Às margens do esquecimento
Descanso meus pés descalços,
Exauridos, flutuantes,
Sem embargo, sem noção.
O cume do sonho impossível
Impassível ao meu suor
Olha mais para o alto
Ignorando a minha dor.
Na falta de energia
Esmoreço, recobro as forças,
Desisto. Está tão longe...
E o abandono, senhor absoluto
Da minha luta,
Escarnece com os ventos.
O sopro do inimigo empurra-me
Encosta abaixo...
Oh, desalento meu!
Tudo escurece. Melhor assim,
Escuto mas não vejo a felicidade do vencedor.
Permaneço quieta.
O silêncio é trovão
Aquietado pela voz da esperança.
“Chegaste no fundo...
Não há como descer mais...
Respira fundo, estou aqui.
Levanta, recomeça a subida.”
Como se a voz movesse meu corpo,
Recomeço. A principio, devagar.
Depois já fortalecida pela voz amiga,
Subo retomando meu destino
Sem pressa. No meu tempo.
Mas confiando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário