quinta-feira, 2 de julho de 2009

Minha luta

Com passos apressados corro

Acompanhando a ansiedade

Senhora da minha confusão.

Às margens do esquecimento

Descanso meus pés descalços,

Exauridos, flutuantes,

Sem embargo, sem noção.

O cume do sonho impossível

Impassível ao meu suor

Olha mais para o alto

Ignorando a minha dor.

Na falta de energia

Esmoreço, recobro as forças,

Desisto. Está tão longe...

E o abandono, senhor absoluto

Da minha luta,

Escarnece com os ventos.

O sopro do inimigo empurra-me

Encosta abaixo...

Oh, desalento meu!

Tudo escurece. Melhor assim,

Escuto mas não vejo a felicidade do vencedor.

Permaneço quieta.

O silêncio é trovão

Aquietado pela voz da esperança.

“Chegaste no fundo...

Não há como descer mais...

Respira fundo, estou aqui.

Levanta, recomeça a subida.”

Como se a voz movesse meu corpo,

Recomeço. A principio, devagar.

Depois já fortalecida pela voz amiga,

Subo retomando meu destino

Sem pressa. No meu tempo.

Mas confiando.

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